Fernanda Vogel Mesquita (Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1980 — São Sebastião, 27 de julho de 2001) foi uma modelo brasileira. Ela começou a trabalhar como modelo aos oito anos. Foi morar em Itaboraí, onde aos 15 anos, após fazer um book com uma fotógrafa do lugar, assinou contrato com a agência Ford Models e em seguida com a agência Mega.
A modelo morreu aos 20 anos na noite de 27/07/2001, quando o helicóptero do Grupo Pão de Açúcar, o qual transportava o herdeiro do grupo, João Paulo Diniz, que era seu namorado, o piloto e o co-piloto, durante uma tempestade caiu no mar quando seguia rumo a Maresias, litoral paulista, onde o casal pretendia comemorar seus dois meses de namoro.
João Paulo Diniz e o co- piloto Luiz Roberto Cintra conseguiram nadar até a praia, porém Fernanda e o piloto Ronaldo Jorge Ribeiro não resistiram. O corpo de Fernanda Vogel foi encontrado no dia 03/08/2001 na praia de Santiago, em São Sebastião (SP).
A mãe de Fernanda Vogel, Myrian Vogel, relatou que durante o ano de 2001, que o eu programa de televisão predileto era a novela Porto dos Milagres. Sua personagem preferida na trama era a Amapola, vivida por Zezé Polessa. Se estivesse em casa, não perdia por nada as cenas com a atriz, mas na sexta-feira 27 de julho foi diferente. Diante da tevê, na hora da novela e com Zezé em cena, Myrian foi tomada por uma angústia que a fez mudar de canal. Em outra emissora, um plantão jornalístico informava sobre a queda de um helicóptero no mar. “Antes de ouvir a notícia sabia que era o helicóptero da minha filha”, conta Myrian, no livro “Fernanda Vogel na Passarela da Vida” (editora 7 Letras, 252 págs,).
O episódio é uma das muitas coincidências intrigantes que permeiam o acidente e a morte da modelo Fernanda.
Um dos alentos pela morte da filha veio das oito mensagens recebidas de dois centros espíritas no Rio. Em todas elas, algumas enviadas por uma professora de Fernanda na época do primário, a modelo dizia estar bem e conformada com seu destino. Myrian tem absoluta certeza da veracidade de pelo menos um dos recados, em que a filha se refere às violetas e margaridas plantadas pela mãe no peitoril da janela de seu apartamento. “Ninguém do centro tinha ido à minha casa”, afirma Myrian.
Algum tempo após o acidente que vitimou Fernanda, vieram a tona algumas histórias bem intrigantes, são elas:
Um mes antes do acidente, João Paulo Diniz estava com Fernanda no Carlton Arts, em São Paulo, quando foi abordado por um garçom que disse a João Paulo que o empresário estava muito afastado da religião e o aconselhou a ler um determinado trecho da Bíblia.
Em casa, o casal leu o trecho que lhes foi indicado, onde estava descrito que viria a tormenta, e que quatro pessoas estariam em um moinho, sendo que duas seriam levadas e duas seriam poupadas.
Sem dar muita atenção na ocasião, João Paulo voltou a ler o texto após o acidente. Só aí identificou o moinho como a hélice do helicóptero, a tormenta como a chuva que causou a queda da aeronave, e as duas pessoas que seriam levadas foram Fernanda e o piloto Ronaldo Jorge Ribeiro, enquanto João Paulo e o co-piloto Luiz Roberto Cintra sobreviveram.
Na madrugada de 28 para 29 de julho de 2001, um amigo de Fernanda teve um sonho, no qual a modelo apareceu envolta em uma luz, pedindo que ele tranquilizasse sua família, e avisando que seu corpo seria encontrado no dia 3 de agosto. Curiosamente, o corpo de Fernanda foi encontrado exatamente na data indicada por ela no sonho.
Myrian recebeu de Ike dois canudos idênticos com papéis de Fernanda. Confundiu-se e abriu o mesmo canudo duas vezes, achando que tinha aberto os dois, e viu apenas fotos de uma campanha da filha. Dias depois, procurava lembranças da filha para incluir no livro quando um dos canudos caiu de um móvel aos seus pés. Dentro dele estava um desenho feito por Fernanda em que ela se auto-retratava como uma sereia, numa noite de chuva no mar. A data do desenho era de 27/12/00, exatamente sete meses antes do acidente.
Na bolsa de Fernanda encontrada no helicóptero, seis meses após o acidente, estava a agenda dela. A agenda continha compromissos anotados somente até Julho de 2001, as demais folhas com as datas subsequentes estavam em branco, como se ela não tivesse mais nada a fazer após essa data, ou como se ela soubesse que não deveria fazer planos para além do mês de julho.
Além da agenda, na bolsa de Fernanda também foi encontrada uma folha de papel cujas bordas estavam destruídas, mas o texto no interior permanecia intacto. O título do texto era "SOBREVIVÊNCIA".
O ex-marido da modelo, Carlos Henrique Cruz, o Ike, diretor da agência de modelos Mega, chorou muito durante o enterro e disse que está indignado com a morte de Fernanda. Ele disse que parte de sua indignação se deve ao fato de Fernanda ter confidenciado a uma amiga que não queria ir a Maresias por causa do mau tempo.
Seriam todos esses "sinais" apenas simples coincidências, ou seriam sinais enviados para avisar a Fernanda que o seu fim estaria próximo?
Esse é um mistério que ficará na névoa da imaginação de cada pessoa, dependendo de cada crença em particular...